A escola normal "Lourenço Filho" só foi instituída em 1º de junho de 1942, através do decreto 99, pelo governo Oscar Passos, destinado a preparar o professor primário do Território e, bem como, a ministrar cursos de revisão e aperfeiçoamento para o "Magistério Público".
O currículo inicial da Escola Normal era formado pelas seguintes disciplinas: Português, Matemática, Geografia Geral e do Brasil, Ciências Físicas e Naturais, Higiene, Desenho e Caligrafia, Trabalhos Manuais, Música e Canto, Noções de Horticultura e Pequena Criação, Educação Física.
Após o Decreto, a primeira turma colou grau em 1945 com apenas seis concludentes. Ainda era em nível de primeiro ciclo, com duração de quatro anos. Funcionava também, junto ao Ginásio, no Instituto Getúlio Vargas, situado a rua Benjamin Constant. Como não havia professores qualificados, necessária se fez, em 1942, a contratação de profissionais oriundos de outros centros educacionais do país. Contra, reagiu o Diretor do Departamento de Educação e Cultura - DEC, que não concordava com as ideias da escola nova trazidas pelos professores contratados que seguiram a orientação do INEP (FARIAS, p.64)
No entanto, com a saída dos professores contratados, pouco restou da tentativa de se introduzir a concepção humanista moderna na formação dos professores acreanos, segundo Severino Farias (idem).
A reestruturação do ensino no país, estabelecida e sancionada pela Lei Orgânica 8530, 02 de janeiro de 1947, provocou a reforma do Ensino Normal do Território, que passou a ser ministrado em dois ciclos, oficializado pelo decreto 40, de 11/03/1947.
O novo regulamento estabelecia a seguinte estrutura da lei e currículo:
"O primeiro (ciclo) dará o curso de regente de ensino primário, em quatro anos, e terá as seguintes disciplinas:
* 1ª série: Português, Matemática, Geografia Geral, Ciências Naturais, Desenho e Caligrafia, Canto Orfeônico, Trabalhos Manuais e Economia Doméstica, Educação Física.
*2ª série: Português, Matemática, Geografia do Brasil, Ciências Naturais, Desenho e Caligrafia, Canto Orfeônico, Trabalhos Manuais e Economia Doméstica, Educação Física.
*3ª série: Português, Matemática, História Geral, Noções de Anatomia e Fisiologia Humana, Canto Orfeônico, Desenho, Trabalhos Manuais e Atividades Econômicas da Região, Educação Física, Recreação e Jogos.
*4ª série: Português, História do Brasil, Psicologia e Pedagogia, Didática e Prática de Ensino, Canto Orfeônico, Desenho, Noções de Higiene, Educação Física, Recreação e Jogos;
O segundo (ciclo), o curso de formação de professores primários será ministrado em dois anos e terá as seguintes disciplinas:
*1ª série: Português, Matemática, Biologia Educacional (noções de anatomia e fisiologia humana e higiene), Psicologia educacional (noções de Psicologia da criança e fundamentos psicológicos da educação), Metodologia do Ensino Primário, Desenho e Artes Aplicadas, Música e Canto, Educação Física, Recreação e Jogos." Decreto 40, artigo 1º, 3º e 4º (FARIAS, p.65)
A partir de então, a Escola Normal Lourenço Filho passa a oferecer o curso de formação de professores primários, em dois anos, correspondente ao segundo ciclo, sendo extinto o curso normal ginasial. A primeira turma deste nível formou-se em 1947, com catorze concludentes.
O curso de regentes de ensino primário, de primeiro ciclo, foi instalado nos municípios de Xapuri (1944), em Sena Madureira (1946), e de Cruzeiro do Sul (1947), mantido pela Igreja Católica. Só na década seguinte, foram criados os cursos normais regionais (de 1º ciclo) em Tarauacá (1956), Brasileia (1957) e Feijó (1958). Para ingressar nos cursos normais, tanto no de primeiro ciclo como no de segundo ciclo, era exigido o exame de admissão, de caráter seletivo e eliminatório, por força da legislação federal.
"Ainda atendendo a regulamentação do ensino normal, o Governador José Guiomard dos Santos cria o Grupo Escolar Presidente Dutra, anexo à Escola Normal Lourenço Filho, para o trabalho de prática e demonstração pedagógica". (Decreto 84, de 01/05/1947)
Em 1950, o Curso Normal de segundo ciclo amplia-se para três anos de duração. Justifica-se, assim, a inexistência de uma turma de concludentes em 1951, da Escola Norma Lourenço Filho. As turmas de segundo ciclo funcionavam primeiramente no Grupo Escolar Presidente Dutra, na Avenida Getúlio Vargas, onde situa atualmente a Biblioteca Pública Estadual, nos anos de 1946 a 1947. Nos anos de 1948 a 1956, voltou a funcionar no Instituto Getúlio Vargas, no prédio construído à rua Benjamin Constant, onde até hoje funciona o Colégio Acreano. Somente em 1957, instalou-se no prédio especialmente construído para sediar definitivamente a Escola Normal Lourenço Filho, situada à Avenida Getúlio Vargas, 232, na Praça Plácido de Castro, onde funciona atualmente o CEBRB (Colégio Estadual Barão do Rio Branco).
Em 1952, o currículo da Escola Normal era constituído pelas disciplinas: Português, Matemática, História da Educação, Anatomia, Música, Artes Aplicadas, Física, Química, Biologia, Psicologia, Higiene e Puericultura, Metodologia e Prática de Ensino, Sociologia, Filosofia. (FARIAS, p.67)
No início da década de 80, a Secretaria de Educação do Estado reconhece a necessidade de promover a revitalização da antiga Escola Normal e, pelo Decreto 171, de 30/12/1981, o curso de Magistério é desmembrada do CESEME (Complexo Escolar de Ensino Médio, criado pelo Decreto 305, de 30/12/1974) e passa a ser administrado pelo Instituto de Educação Lourenço Filho.
A revitalização da Escola Normal pretendida pelo decreto 171/81 não correspondiam as reais condições físicas de trabalho onde passou a funcionar, a rua Rio Grande do Sul, no antigo Projeto Rondon, onde hoje funciona a Escola Heloísa Mourão Marques.
Pretendia-se com a criação do Instituto de Educação Lourenço Filho, além de reestruturar o curso de Magistério no modelo de 3 anos mais 1 ano e meio de Estudos Adicionais, dotá-lo de uma Escola de Aplicação, incorporando a Escola de 1º Grau Francisco Sales Filho que se extingue como estabelecimento independente – e ainda: “coordenar o processo de habilitação de pessoal engajado no sistema Normal Parcelado (seis etapas) e dos egressos de 1º Grau, em cuja localidade não existe o 2º Grau convencional (sistema modular de ensino) e quaisquer outras modalidades de habilitação para o magistério que venham ser implantadas posteriormente com vistas ao Ensino Normal” (Art.2, inciso 3, decreto 171/81).
Na realidade, esta finalidade nunca foi alcançada, até hoje, embora o decreto ainda continue em vigor. Em 1988, após estudo minucioso e coletivo, as propostas curriculares foram reformuladas e o curso de Magistério passou a ter uma estrutura de 04 anos, com duração de 3360 horas, destinado à formação de professores para a pré-escola e as quatro primeiras séries do 1º grau, com noções básicas sobre o Ensino Especial.
No Governo Flaviano Melo, iniciou-se a construção das novas instalações do IELF, tendo o primeiro bloco (das salas de aula) inaugurado em maio de 1991.
Em 1992, o IELF oferece o curso de magistério nos três turnos em suas doze salas, perfazendo um total de 35 turmas e 105 alunos.
Em 2002, iniciou-se o Ensino Médio e Fundamental de 5ª a 8ª série no 1º e 2º turnos.